BRASÍLIA
(DF) – “Deus não escolhe sempre os mais qualificados,
mas sempre qualifica os escolhidos!” Com essa frase, o agora ministro da Pesca
e Aquicultura, Marcelo Crivella, encerrou seu discurso em uma das posses mais
concorridas do atual governo. Centenas de convidados, incluindo praticamente
todo o staff ministerial, sete senadores, o governador do Distrito Federal,
dezenas de deputados de vários partidos, além de lideranças e militantes
republicanos lotaram o espaço reservado no Palácio do Planalto para a
cerimônia.
“Confio nas qualificações
do senador Crivella, que apesar de sua humildade, ainda nos ensinará a colocar
minhocas nos anzóis”, brincou a presidente Dilma, dando boas vindas ao novo
membro de sua equipe e, ao mesmo tempo, comemorando o retorno do PRB ao Poder
Executivo.
O evento foi iniciado com
o discurso do ex-ministro Luiz Sérgio, que fez um breve balanço de sua gestão e
desejou sorte ao seu substituto. “O senador Crivella é uma pessoa apta a dar
prosseguimento a nossas políticas e cumprir nosso desafio, que é o de fazer de
todo nosso potencial de produção pesqueira uma realidade.”
O novo ministro iniciou
seu discurso, interrompido várias vezes por aplausos da assistência, afirmando
que apesar de sua inexperiência, “afinal, como destacou a imprensa, nem sei
colocar uma minhoca no anzol”, tem um grande desejo de aprender e de trabalhar
pela sociedade. “Até porque, aprender a colocar a minhoca no anzol é fácil,
difícil é aprender a servir ao próximo, ao cidadão, à sociedade”, lembrou.
O ministro contou que
recebeu o convite com surpresa e que em um primeiro momento, chegou a sugerir
outros nomes de integrantes do PRB que julgava mais qualificados no tema. “Mas,
após insistência da presidente, aceitei, porque não se recusa uma missão, ainda
mais a de servir à sociedade”.
Crivella fez questão de
lembrar que seu estado, o Rio de janeiro, não será esquecido. “Como, aliás, não
tem sido nesse governo. A presidente Dilma, desde sua gestão no ministério do
governo Lula, sempre teve uma atenção especial para com o meu estado.
Por isso, a quantidade de
investimentos em vários setores, como portos, infraestrutura, geração de
energia e desenvolvimento industrial. Exatamente por esse compromisso, sei que
poderei contar com ela para não promover a quebra de contrato e a agressão a um
ato jurídico perfeito que é a atual partilha de royalties do petróleo”,
destacou, em um claro sinal de que sua batalha pelo estado não será esquecida
em sua nova atribuição, até por contar com “o novo senador Eduardo Lopes, um
político que honrou o Rio de Janeiro durante seu mandato como deputado
federal.”
O ministro fez uma defesa
enfática do governo, apontado inúmeros e inequívocos sinais de desenvolvimento,
conseguidos desde a gestão Lula, e mantidos na atual administração Dilma. “Sei
de sua preocupação com nosso País, com nosso povo e com a miséria que é uma
macula em uma nação que é a sexta economia mundial. Preocupação essa que fez a
presidente arriscar a própria saúde, travando em paralelo uma luta pela sua
vida sem esquecer a vida se seus concidadãos.”
Crivella elogiou ainda a
mobilização da sociedade, que por meio de redes sociais e avanços na tecnologia
das comunicações está cada vez mais consciente e não se sujeitará ao estrabismo
político do passado “no qual nos faltaram líderes que combatessem a miséria.
Que fizessem do cidadão sua prioridade. Mas isso é passado, desde a gestão
Lula, e do nosso saudoso presidente de honrar do PRB, José Alencar, e agora com
presidenta Dilma, temos lideres, temos compromissos com o povo e temos perspectiva
de futuro”.
A citação a José Alencar
foi um dos momentos mais emocionantes dos discursos do novo ministro, no qual
Crivella se permitiu uma pequena quebra de protocolo, para homenagear “a
vocação pela cidadania, a simplicidade e a dignidade de um brasileiro que
honrou seu País”.
O ministro elencou alguns
dos desafios da sua pasta “muitos dos quais já previstos quando nós, do PRB, ao
integrarmos o governo na Secretaria de Assuntos Estratégicos, ajudamos a
elaborar o documento com as metas para os nossos 200 anos de Independência (o
Brasil 2022), no qual citávamos a necessidade de ampliar nossa produção, que
hoje, a despeito de nosso potencial, ainda é inferior a de países como o Peru”.
Crivella lembrou um dos paradoxos do setor pesqueiro. “Precisamos investir na formação de técnicos. Precisamos de uma Embrapa no setor. Pois, apesar de termos mais de 800 mil profissionais de Engenharia registrados no país, possuímos apenas 1,4 mil engenheiros de pesca.”
Crivella lembrou um dos paradoxos do setor pesqueiro. “Precisamos investir na formação de técnicos. Precisamos de uma Embrapa no setor. Pois, apesar de termos mais de 800 mil profissionais de Engenharia registrados no país, possuímos apenas 1,4 mil engenheiros de pesca.”
Crivella concluiu
afirmando que acredita acima de tudo no trabalho. “Espero não decepcionar a
confiança da presidente Dilma, mas ela sabe que pode contar com meu empenho.
Vou me devotar de corpo e alma a aprender a colocar a minhoca no anzol e
principalmente a ajudar os milhões de brasileiros que trabalham no setor. Por
sinal, quando falei dessa prioridade ao trabalhador, a presidente me disse que
esse era o espírito e me deu certeza de que ao me dedicar mais a servir ao
cidadão, estarei ajudando mais do que me limitando a ser um especialista.”
A presidente iniciou sua
fala afirmando que confia nas qualificações do senador Crivella. Dilma Rousseff
lembrou a importância de aliados e dos acordos políticos que garantam a própria
governabilidade e afirmou que o PRB é um desses parceiros que sempre colaboraram
com o governo. “A entrada de Crivella no governo é um reconhecimento do papel
do PRB nessa grande coalizão que nos permite manter o País no caminho da
prosperidade e do desenvolvimento humano.”
Dilma citou a fala de seu
novo ministro ao dizer que concorda “com Crivella ao dizer que mais importante
que colocar a minhoca no anzol é servir ao cidadão. Esse é o aprendizado que
queremos no governo”.
A presidente lembrou que o
País demorou séculos para se voltar ao cidadão “tendo inclusive o triste legado
da escravidão. Mas agora, após o presidente Lula e o nosso querido José
Alencar, encontramos o caminho de governar para o povo. É por isso a
importância de ter pessoas como o senador Crivella integrando essa equipe. Um
homem que com certeza fará a diferença”.
A presidente, que chegou a
ficar com voz embargada ao agradecer o trabalho do ex-ministro Luiz Sérgio,
concluiu agradecendo a presença do especialista em trabalhar pelo povo, Marcelo
Crivella, que “vai dar sequencia a grande participação do PRB em nosso governo,
participação essa que teve início com o Zé (José Alencar) e que ainda vai
dar muitos frutos”. A presidente finalizou com uma mensagem aos republicanos:
“O PRB não está sendo agregado ao governo. Ele está voltando. Seja bem-vindo!”
(Fonte: http://www.prb10.org.br)
0 comentários:
Postar um comentário