São Paulo - O Ibama multou a petroleira norte-americana
Chevron em 50 milhões de reais pelo vazamento de petróleo no campo de Frade,
bacia de Campos, aplicando o valor máximo permitido pela legislação brasileira.
Uma outra multa no valor de 10 milhões de reais poderá
ser aplicada se o órgão ambiental brasileiro constatar que a companhia não
cumpriu adequadamente o plano de emergência previsto em contrato, afirmou nesta
segunda-feira a jornalistas o presidente do Ibama, Curt Trennepohl.
A Chevron tem até quarta-feira para apresentar ao
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os
documentos necessários exigidos pelo órgão para provar se estava ou não
preparada para o acidente.
O presidente do órgão, entretanto, afirmou que o
procedimento da petroleira para minimizar os impactos do derramamento tem sido
correto, com a dispersão do óleo no oceano por meio de jatos de água.
O procedimento da dispersão havia sido criticado por
ambientalistas, que afirmam ser necessário o recolhimento de óleo da superfície
e não sua permanência no oceano.
"Neste caso, a técnica recomendada é mesmo a
dispersão de óleo", afirmou Trennepohl. Isso porque, explica ele, a maior
parte do óleo que vazou do poço da Chevron e subiu pelas fissuras da rocha
submarina não boiou sobre a superfície, mas ficou submersa.
Se o óleo tivesse boiado, o procedimento correto seria
o recolhimento, segundo ele. A técnica dificilmente pode ser executada quando o
óleo afunda, acrescentou o presidente do Ibama.
0 comentários:
Postar um comentário