Líderes do PDT, partido do ministro do Trabalho, Carlos
Lupi, já começaram a discutir com o Palácio do Planalto o rito para sua
substituição na Esplanada.
Segundo a Folha apurou, emissários da
presidente Dilma Rousseff avisaram a dirigentes da legenda, como o deputado
federal Paulo Pereira da Silva (SP), que o governo não descarta a saída de Lupi
antes da reforma ministerial programada para janeiro de 2012.
Sua situação se agravou após um site do Maranhão
divulgar imagens que contrariam a versão de que ele não teria usado, em 2009,
um avião providenciado por Adair Meira, dono de ONGs com convênios com a pasta.
O ministério havia dito que Lupi se deslocou em um
avião modelo Seneca. A foto o mostra, entretanto, descendo de uma aeronave
modelo King Air, a mesma que, segundo a "Veja", teria sido
providenciada por Meira.
Ontem o site da revista divulgou vídeo com imagens de
Meira também participando do evento com Lupi.
Após cinco dias em silêncio no Rio, o ministro
antecipou sua volta a Brasília.
Um dos pilares da defesa de Lupi, o presidente interino
do PDT, o deputado André Figueiredo (CE), disse ontem à Folha que
existem "fatos contraditórios" na história do uso do avião e que
espera que o episódio seja esclarecido hoje pelo próprio titular da pasta, que
está licenciado da presidência do partido.
"Existem fatos contraditórios. Precisamos ouvir da
boca do ministro e a versão do PDT do Maranhão. Precisamos fechar todas as
explicações para que não paire nenhum tipo de dúvida", disse André
Figueiredo.
Outro sinal de possível desembarque do PDT da defesa de
Lupi foi a desistência do ministro de realizar reunião da direção da legenda,
que havia convocado para o próximo sábado.
O objetivo do pedetista era dar uma demonstração de
força e de apoio interno em sua própria sigla.
Líderes oposicionistas voltara a cobrar ontem a
demissão do ministro.
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