Brasília –
Dos 4.143 mil cursos avaliados em 2010 pelo Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade), 594 não atingiram resultado satisfatório, com nota 1 ou 2
no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que varia em uma escala de 1 a
5. Entre os cursos avaliados, 1.115 ficaram sem conceito porque não tinham um
número mínimo de estudantes concluindo o curso.
Considerando apenas as graduações que obtiveram CPC, as
com nota baixa representam 20% do total. Os cursos com CPC 4 ou 5 são
considerado bons e os com nota 3, satisfatórios. Cerca de 80% tiveram resultado
entre 3 e 5 e só 58 cursos podem ser considerados de excelência, com CPC máximo
(5). O conceito leva em consideração, além dos resultados do Enade, a
infraestrutura da escola, o corpo de professores e o projeto pedagógico.
O Ministério da Educação (MEC) vai cortar vagas de
todos os cursos que obtiveram CPC 1 ou 2 em 2010 e que tenham registrado
resultado insatisfatório em outros ciclos do Enade (2008 ou 2009). A previsão é
que 50 mil vagas sejam cortadas em diferentes áreas até o fim de 2011. Para o
ministro da Educação, Fernando Haddad, o Sistema Nacional de Avaliação do
Ensino Superior (Sinaes) baliza a expansão das vagas da educação superior no
país porque prevê medidas de correção dos problemas para as instituições e
cursos com baixos resultados.
“Para quem está fora dos parâmetros de qualidade, o
Sinaes estabeleceu os termos que os trazem para a qualidade. Queremos que o
sistema continue em expansão, mas com um freio naqueles cursos que estão com
problema”, disse o ministro. Ele informou que cerca de 95% dos cursos de
medicina que passaram pelo processo de supervisão do MEC por apresentar CPC
instaisfatório em anos anteriores melhoraram o desempenho em 2010.
Entre os 19 cursos com CPC
1, quatro são oferecidos por universidades estaduais e o restante, por
instituições de ensino privadas.
Fonte: http://info.abril.com.br
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